A festa de babette e a ética protestante
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Sociologia II – Ciências Sociais
Profª Eliska Altmann
Ruana Castro Mariano - 2010345345
"A festa de Babette" e sua relação com a " Ética Protestante e o espírito do Capitalismo"
O filme dinamarquês de 1988, " A festa de Babette", baseado num conto de mesma origem, possui em suas entrelinhas elementos dos quais podemos relacionar com Max Weber em " A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo". Babette é uma empregada francesa, que perdeu seus laços com seus país, pois é uma refugiada da guerra civil, possuindo apenas um bilhete de loteria, renovado anualmente por uma amiga, que a liga à sua terra natal. Ela trabalha de empregada para duas irmãs de meia-idade, numa pequena aldeia na Dinamarca, na região da Jutlândia. Essas senhoras - Martine e Felippa, em homenagem a Martinho Lutero e Filippe Melanchton - são filhas de um pastor fundador de uma seita puritana muito rígida.
A análise weberiana se inicia na juventude das irmãs, que em nome do pai e de suas crenças negam qualquer tipo de contato sexual ou que envolvam prazer - no caso, a corte e o casamento proposto por alguns rapazes encantados com a beleza das moças - pois tal ato implica na perda das "bases" nas quais o pastor se apoiava. Numa das cenas Achilles Papin, um famoso cantor lírico que se encantou com a beleza e voz de Martine, se oferece para lhe dar aulas de canto, e obtém permissão somente pois garantiu que " Glorificaria Deus", mas seria negado caso fosse apenas uma atividade cultural que acarretasse ócio. Nesse contexto religioso ambas envelhecem sem se casar e dão continuidade à seita do pai, que falece posteriormente.
Anos mais tarde Martine recebe uma carta de Achilles, na qual pede que contrate Babette, em prol de sua amizade, pois ela necessita refugiar-se e não têm mais a quam recorrer pois não têm mais família. De princípio as irmãs a negam, receosas de desperdiçarem dinheiro com uma