A felicidade segundo epicurimo e estoicismo
A morte de Alexandre III em -323 assinala, tradicionalmente, o fim da pólis como modelo de unidade política e o começo da difusão da cultura grega no Oriente. Nem mesmo a meteórica expansão de Roma e a conquista das monarquias helenísticas foi capaz de afetar, posteriormente, a predominância cultural do helenismo em todo o Mediterrâneo Oriental.
Durante o conturbado Período Helenístico, o homem deixou de ser o componente mais importante de uma comunidade restrita para se tornar um simples cidadão de vastos impérios. A perda da importância política individual fez muitos se dedicarem cada vez mais à busca da felicidade pessoal através da religião, da magia ou da Filosofia.
As principais escolas filosóficas[1] do Período Helenístico foram o cinismo, o ceticismo, o epicurismo e o estoicismo. Todas procuravam, basicamente, estabelecer um conjunto de preceitos racionais para dirigir a vida de cada um e, através da ausência do sofrimento, chegar à felicidade e ao bem-estar.
Das antigas escolas filosóficas, a Academia envolveu-se durante algum tempo com o ceticismo, e depois voltou ao caminho original, traçado por Platão; o Liceu, fundado por Aristóteles, afastou-se cada vez mais da filosofia e da erudição e se devotou, principalmente, à literatura.
Epicurismo
Dentre os diversos filósofos epicuristas cujo nome chegou até nós, o de maior importância é o próprio Epicuro (gr. Ἐπίκουρος), fundador da escola.
Biografia e obras de Epicuro
Epicuro nasceu em Samos por volta de -341, de pais atenienses. Ensinou em Mitilene e em Lâmpsaco, tendo se transferido para Atenas em -307 ou -306. Lá adquiriu a ampla casa com jardim que iria sediar sua escola, logo conhecida por “Jardim de Epicuro”. Nela, mestres e discípulos viviam comunitariamente em tranquila reclusão.
Segundo Diógenes Laércio, Epicuro escreveu cerca de trezentas obras sem citar outros autores, isto é, registrando somente suas próprias idéias (D.L. 10.26-27). Chegaram até nós