A favor de Belo Monte
Victor Rosa – Turma 310
1- Mais eletricidade
O Brasil precisa de mais energia. A demanda no país, segundo a Agência Internacional de Energia, deve crescer 2,2% ao ano entre 2009 e 2035. Mais do que a média mundial, de 1,3%, e até do que a China, de 2%. Neste ritmo, o Brasil precisaria dobrar sua capacidade de geração de energia a cada 12 anos. Segundo as previsões oficiais isso significa que a demanda por energia elétrica daqui até 2020 (em oito anos!) deve aumentar em 60%.
O consumo de energia sobe junto com o do PIB. Em 2010 foram 7,5% de crescimento no Produto Interno Bruto e 7,8% no do consumo de eletricidade. Sem energia, o país não cresce. E se o país não cresce você tende a perder o emprego - pior do que dormir no escuro... Belo Monte, por esse ponto de vista, é uma necessidade já que a potência instalada será de 11.233 MW, o que fará dela a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira, visto que a Usina Hidrelétrica de Itaipu está localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai. Será a terceira maior hidrelétrica do mundo e atenderá a 18 milhões de residências (60 milhões de pessoas), ou o correspondente a todo o consumo residencial de eletricidade na Argentina (aproximadamente 34 milhões de MWh ao ano). Hoje o Brasil tem aproximadamente 200 milhões de habitantes. Sendo que os níveis de consumo domiciliar médio anual de eletricidade no Brasil – 560 kWh por habitante – ainda são baixos se comparados a 4.530 kWh nos Estados Unidos, 1.920 kWh do Reino Unido, 1.580 kWh na Espanha e cerca de 830 kWh na Rússia e na África do Sul.
Como manter o crescimento sustentado do país sem energia elétrica? Como dar garantias básicas de vida a toda essa gente sem energia elétrica? Como continuar o processo de inclusão social que o país vem vivenciando nos últimos anos sem energia elétrica? Porque energia elétrica significa, sim, redução da pobreza extrema, energia elétrica