A farsa de inês pereira
São Paulo/SP
Setembro/2012
Introdução
Acusado de plagiar as obras do teatro espanhol de Juan Del Encina e Torres de Navarro, Gil Vicente recebeu de seus acusadores um tema e a partir deste teria que fazer uma peça:
“MAIS QUERO ASNO QUE ME LEVE QUE CAVALO QUE ME DERRUBE.”
Sendo assim, em 1523, no Convento de Tomar e na presença do Rei D. João III, criou sua obra mais divertida e considerada por muitos a mais complexa: a “Farsa de Inês Pereira”, a qual conta a história de uma jovem que vive a indecisão de casar-se com um fazendeiro rico, como quer sua família, ou com um encantador escudeiro, envolvida pela embriaguez de seus próprios sonhos.
A Farsa de Inês Pereira
O autor Gil Vicente, retrata a ambição de uma criada da classe média portuguesa do século XVI. A obra foi escrita a partir de um desafio lançado por Pero Marques, durante uma festa na corte portuguesa, pois Pero duvidava do talento de Gil Vicente. Pero impôs que Gil Vicente escrevesse uma peça com o tema "Mais quero um asno que me carregue, que cavalo que me derrube".
Toda a peça gira à volta da personagem principal, Inês Pereira, que nunca sai de cena. Não há mudança de cenário, e a mudança de cena só é dada pela entrada ou saída de personagens.
História
Inês é uma moça simples que se encontra em idade de casar, mas com grande ambição procura um marido que seja um poeta ou guerreiro, e principalmente bonito. A mãe de Inês, preocupada com a sua filha, tenta casa-la com Pero Marques, pretendente arranjado por Lianor Vaz, uma amiga. No entanto, Pero se mostra riquíssimo, porém tolo e ingênuo. Inês se desagrada com o pretendente e o dispensa.
Entram então em cena dois casamenteiros judeus, e Inês se casa com um escudeiro arranjado por eles, Brás da Mata.
A mãe de Inês se muda para o interior e deixa a casa para a filha. O casamento se revela desastroso para Inês, pois Brás se mostrou rude e desonesto, ele dá ordens ao seu amigo e subordinado para que vigie Inês e