A farsa de Inês Pereira

1452 palavras 6 páginas
INTRODUÇÃO
Gil Vicente foi acusado de plagiar obras do teatro espanhol de Juan delEncina. Enfurecido, o autor pediu-lhes um tema, para que ele pudesse, sobre ele, escrever uma peça. Deram-lhe o seguinte ditado popular àquela época:
"Mais quero um asno que me leve, que cavalo que me derrube."
Nasce, assim, a "Farsa de Inês Pereira", pano de fundo de “INÊS – Gil Vicente por ele mesmo”.

SINOPSE
A farsa é iniciada quando Inês entra em cena e se queixa longamente dos trabalhos da casa e do isolamento social a que a mãe a destina. Queixando, dizendo que quer ver-se livre daquela "prisão", imagina um bom casamento para dali se retirar. Mas coloca em relevo o que deseja do marido: que seja galanteador, que toque guitarra, que seja bom e discreto.
A mãe chega da missa e repreende a filha cheia de manhas e preguiças. Aparece, então, a alcoviteira Leonor Vaz, queixando-se de que um padre, pretextando saber se ela era macho ou fêmea, a havia importunado com malícia e libidinagens. Entrega a Inês uma carta de um pretendente: um agricultor sem nenhuma cultura, rude, mas rico. Tem boas intenções e se chama Pêro Marques.
Enquanto a carta é lida, Inês faz comentários grosseiros e irónicos, mas diz a Leonor que aceita conhecer o pretendente. Quando isso acontece, Pêro traz umas peras de presente e se atrapalha todo, sem saber ao certo como falar ou sentar-se e se constrange ao ver-se sozinho em presença de Inês. Apesar de Leonor e a mãe a aconselharem a aceitar o pedido de casamento ¬ ambas também interesseiras em demasia – Inês teima em dizer que só aceitaria como marido um sujeito galante, que soubesse tocar e dançar, e, assim, a fizesse muito feliz.
É assim que os judeus casamenteiros, Latão e Vidal, se apresentam diante de Inês e dizem que quer casar-se com ela um escudeiro chamado Brás da Mata. Note aqui que um escudeiro é, na escala de valores sociais da nobreza, o mais baixo posto que se consegue. Era encarregado de lutar por seus senhores, e era pobre. A mãe

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