A FAM LIA NA REINSER O SOCIAL

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A FAMÍLIA NA REINSERÇÃO SOCIAL A participação da família no momento da reinserção social é de suma importância. Não só de familiares, mas de amigos também. Entenda-se por amigos aquelas pessoas que apóiam o indivíduo antes e durante o tratamento. Mesmo quando o dependente químico ainda está na ativa (fazendo uso de substâncias químicas), são essas pessoas – familiares, cônjuges e amigos – que influenciam positivamente. A partir do momento em que elas procuram ajuda já começam a trabalhar os limites e as mudanças de comportamento, o que vai colaborar, e muito, na segurança para o retorno do indivíduo à sua casa.

Uma mudança muito importante no processo da Reinserção é a abstinência química da família. Por exemplo, é inacreditável o número de famílias que recebem o indivíduo de volta para casa com churrascos banhados a cerveja.

Essa atitude de abstinência familiar vai alicerçar a mudança no estilo de vida do dependente químico.

É essencial também a ajuda de um grupo de apoio que vai preparar a família com um novo repertório de respostas (recheadas de disciplinas e limites). Uma família organizada e empenhada no tratamento ajuda muito mais que uma desorganizada. Trata-se de um contato de mútua ajuda entre a equipe de tratamento, a família e o indivíduo.Para iniciar a organização em casa, o ideal nesse momento seria que cada membro da família tivesse o seu papel definido: que o pai seja pai, que a mãe seja a mãe, que os irmãos sejam irmãos, que os avós sejam avós.

Um outro ponto a ser observado é a codependência. Para muitas famílias, o dependente químico é o alimentador patológico desta codependência. Por isso, muitas vezes, a equipe de tratamento funciona como um “calcanhar de Aquiles”, lembrando constantemente a família do problema instalado e a importância das mudanças de postura. A família tem que cuidar para que o indivíduo não se torne o “bode expiatório” da situação. Às vezes até já existia

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