A face mutante do presbítero
A face mutante do presbítero
introdução
O presente trabalho é um resumo de DUQUE, J., "A face mutante do presbítero", Theologica (2010), pp. 45-57, com o objetivo de exercitar a leitura textual seletiva, dentro do processo de pesquisa e investigação, como proposto pelo professor em sala de aula.
RESUMO DO ARTIGO
Em face a tantas mudanças na sociedade em relação a vivência da fé, pessoal e comunitária, surge a clara necessidade de uma reflexão sobre a identidade do presbítero neste contexto atual, bem como os modos de realização desta identidade. O modelo de paróquia tradicional, chamada de territorial, praticamente vivenciada até 50 anos atrás, onde existia uma evidente interação da dimensão religiosa com as demais práticas quotidianas, atividades e compromissos bem definidos e um presbítero disponível de modo exclusivo, normalmente integrado na vida dos paroquianos, perdeu sua força e permaneceu apenas em algumas regiões rurais. Atualmente, nas zonas urbanas, a vida religiosa deixou de ser o centro da vida cotidiana e poucas paróquias contam com um presbítero em exclusividade. Tal realidade lança desafios ao modo de compreensão do presbítero com relação a sua missão e ao seu relacionamente na comunidade eclesial.
É necessário encontrar um equilíbrio entre o presbítero ser 'na' a comunidade e ser 'para' comunidade, ou entre a pertença do presbítero à comunidade e o estatuto de ser perante a comunidade, pois isto implicará na realização pessoal do presbítero quanto pessoa, no sucesso do seu ministério e no crescimento de comunidades vivas e corresponsáveis, tornando-a unida, descentrada de sí própria, orientada para Cristo e participante da sua missão. Ao mesmo tempo que o presbítero é chamado a viver 'para' a comunidade, ou seja, orientá-la, conduzí-la, serví-la, com um 'representante divino'; é também chamado a viver