A fabrica
Legião Urbana
Nosso dia vai chegar,
Teremos nossa vez.
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço -
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão.
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance.
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
O que era verde aqui já não existe mais.
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo,
Que venha o fogo então.
Esse ar deixou minha vista cansada,
Nada demais.
Trata-se de uma Ideologia, pois, “o mais forte” o dominante oprime os trabalhadores.
Trata-se de Moral, pois o oprimido, “o mais fraco” apenas quer seu trabalho honesto.
Na primeira estrofe, o compositor explica que é possível uma vira volta dos trabalhadores, para que estes deixem de serem oprimidos, e possam, através da justiça, ter uma vida digna. É o mínimo que deveria acontecer em nossa sociedade, “trabalho honesto ao invés de escravidão”.
Na segunda estrofe, o compositor apresenta em sua letra, que a conquista por justiça, é quase uma Utopia, em que o mais forte não oprime o mais fraco “não consegue escravizar”.
Terceira estrofe, ele faz uma indagação a respeito de quem causa esta violência. A nosso ver, ele esta falando, do sistema capitalista, onde os empresários “donos das fábricas” trancam estes trabalhadores, tendo o poder da guarda sobre as suas vidas.
Na quarta estrofe, o autor sugere que as coisas já não são como eram antes, o céu agora é cinza e o verde não existe mais, e que isso tudo e consequência da ação do homem. E apesar de ter estas consequências trágicas o homens não para, continua brincando com “fogo”, e isso parecer ser uma escolha, é algo já determinado.
E por último ele destaca que apesar de tudo isso de ruim que acontece, não apenas com ele mas também com toda sociedade, apesar de estar com a “vista cansada”