A expressão argumentativa

A expressão argumentativa

Na expressão argumentativa, o orador, sujeito, ou indivíduo base, desenvolve um raciocínio de forma a defender ou a repudiar certas teses ou pontos de vista, numa caminhada lógica e quase demonstrativa, com objectivo de persuasão própria ou de um interlocutor circunstancial, alguém que, à partida, não partilha do mesmo raciocínio lógico que o orador, no sentido que os elementos constitutivos do seu raciocínio não são compatíveis com os mesmos utilizados por outro sujeito.

Estes elementos nos quais os argumentos e os silogismos se baseiam são as premissas: proposições que servem de base a uma conclusão. As premissas em si podem ser retiradas de qualquer facto, opinião ou valor, independentemente do seu valor de verdade, um silogismo não necessita de ser verdadeiro para ser correcto.

A argumentação tem a função prática de persuadir, ou seja, de convencer outrem de uma certa tese, ou de que outra certa tese está incorrecta (refutando-a nas premissas por onde parte ou no raciocínio feito). Porque não estamos no domínio do texto científico, cujos argumentos são demonstráveis de forma a não permitir a contestação imediata, o texto argumentativo só se concretiza verdadeiramente quando a sua recepção é polémica, isto é, quando desperta no receptor ideias que ajudarão a pesar a validade dos argumentos originais. O texto argumentativo deve procurar originalidade e veemência: um argumento gasto não criará ansiedade e admiração, mas simples anuência; um argumento que não seja veemente não se conseguirá impor nem despertar em outrem uma atenção crítica.

Por outro lado, o objectivo de uma argumentação, mais do que medir pesos entre argumentos, trata-se de encontrar uma raciocínio lógico entre as premissas acordadas, isto é, para existir uma argumentação tem que existir um mínimo de premissas que não sejam questionadas – axiomas – para os quais se pode partir para uma discussão racional sem cair na profundidade filosófica que questiona a