A expansão européia no século xv e a incorporação do brasil
A incorporação do Brasil é resultado da expansão comercial européia dos séculos XV e XVI.
Essa expansão foi iniciada no século XI ou XII, teve seu apogeu no séc. XIII, época em que se desenvolveram o artesanato, organizado em corporações de ofícios, e o comércio de alguns produtos agrícolas europeus (cereais, por exemplo) ou importados do Oriente (as especiarias). Durante o século XIV, o processo de expansão sofreu uma queda considerável, a "peste negra", juntamente com outras doenças da época, trouxe uma queda populacional na Europa que afetou fortemente o comércio, por ter desorganizado as rotas comerciais, com o deslocamento contínuo de populações que fugiam das áreas mais atingidas pelas doenças. As guerras entre Gênova e Veneza pelo comércio mediterrâneo, a Guerra dos Cem Anos, entre as casas reais da França e da Inglaterra, a queda da dinastia mongol na China, contribuiram para a instabilidade típica desse século, comprometendo a expansão conseguida antes.
Porém, pela optica do "mundo pleno", isto é, a presença de uma densidade média de 40-60 habitantes por km2 numa extensão contínua de um milhão de km2, a economia onseguira se sustentar durante a crise do século XIV e se recuperado durante o séc. XV. O melhor indicador dessa recuperação foi a falta de numerário - ouro e prata - que atingiu as relações comerciais na segunda metade do século xv, provocando sua valorização e o aumento dos juros, pois a expansão dos bens e serviços não foi acompanhada por igual expansão dos meios de pagamento.
No séculoXV, causas econômicas, políticas e religiosas impulsionaram a espansão comercial marítima. A escassez de ouro na Europa, o aumento do consumo de alimentos como o peixe, a permanente falta de cereais, sobretudo de trigo e os altos preços do açúcar. O gosto por produtos africamos, como couros e tinturas, além de escravos, eram igualmente valorizados na Europa. Fatores políticos