A EXISTÊNCIA VIRTUAL PARA ALÉM DA REAL NA REDE SOCIAL FACEBOOK
A MORTE NO MUNDO VIRTUAL
A EXISTÊNCIA VIRTUAL PARA ALÉM DA REAL NA REDE SOCIAL FACEBOOK
G, L.
“A morte nada mais é que a morte dos organismos, a vida não morre.” Gilles
Deleuze, filósofo francês.
RESUMO:
As chamadas tecnologias da informação e da comunicação estão presentes em todos os campos do conhecimento desestruturando, entre outros, a ordem tradicional na lógica de produção, disseminação e uso de informações e de conhecimentos, provocando mudanças nas formas de pensar essa realidade.
A abordagem a várias temáticas e assuntos complexos têm tido uma transformação drástica em relação aos modelos tradicionais, um deles, é o tema da morte.
As atitudes dos homens diante da morte são reflexos da sociedade, da temporalidade e da cultura em que estão inseridos. Cada cultura encara a morte de modo diferente, e na cultura ocidental não se fala muito sobre a morte.
O modo como os diferentes povos encaram a morte tem a ver com a forma como vivem a vida.
O trabalho pretende abordar a morte no mundo virtual, analisando no Facebook, o seu impacto no perfil dos integrantes, assim como como reagem os utilizadores com a ideia de morte real mas com permanência de um perfil virtual, onde essa pessoa nunca morre, tendo como objetivo perceber como é tratada a morte no Facebook.
Palavras-chaves: Morte Virtual, Morte, Redes Sociais, Facebook
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INTRODUÇÃO
A ideia de morte pressupõe o luto, um sentimento de perda.
A perda é compreendida, a partir das teorias de Bowlby (2004, p.4-12), como uma experiência afetiva e comum aos seres grupais,a reação a essa experiência, o processo de luto, pode ser compreendido como uma forma complexa, interativa e historicamente situada de vivenciá-la. Isso significa que a maneira como reagimos às perdas, tal como reagimos à morte, sofre influências, diretas e indiretas, da época, do lugar social, religioso, cultural, económico e da sociedade em que vivemos. Deste modo o processo de morte não