A existência do ser na contemporaneidade
Em 1909, há exatos cem anos, o poeta italiano Filippo Marinetti publicava no jornal francês Le Figaro o Manifesto Futurista exaltando a insônia febril da era moderna e afirmando a beleza da velocidade e da máquina: “um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais belo que a Vitória de Samotrácia”, dizia ele, em um claro apelo ao abandono do passado e das tradições, em favor do que era novo. A Modernidade associa tradição com atraso. Abrir as portas da Modernidade significava destruir as marcas do passado, suas igrejas e seus museus em um processo de destronamento de toda tradição. Era como se a história tivesse que ser