A existencia ética
Senso moral e consciência moral
Quantas vezes, levados por algum impulso incontrolável ou por alguma emoção forte, e fazemos alguma coisa de que, depois, sentimos vergonha, remorso, culpa. Gostaríamos de voltar no tempo e agir de modo diferente. Esses sentimentos também exprimem nossos sensos moral, isto é, a avaliação de nosso comportamento segundo idéias como as de certo e errado.
Em muitas ocasiões, ficamos contentes e emocionados diante de uma pessoa cujas palavras e ações manifestam honestidade, honradez, espírito de justiça, altruísmo mesmo quando tudo isso lhe custa sacrifícios. Sentimos que há grandeza e dignidade nessa pessoa. Sentimos admiração por ela e desejamos imitá-la. Tais emoções e sentimentos também exprimem nosso senso moral, isto é, a maneira como avaliamos a conduta e a ação de outras pessoas segundo idéias como as de mérito e grandeza de alma.
Situações dramáticas ou menos dramáticas surgem sempre em nossa vida. Nossas dúvidas quanto a decisão a tomar não se manifestam nosso senso moral, mas põem á prova nossa consciência moral, pois exigem que, sem sermos obrigados por outros,decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as conseqüências delas, porque somos responsáveis por nossas opções. Em outras palavras, a consciência moral não se limita aos nossos sentimentos morais, mas se refere também a avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos, a agir em conformidade com elas e a responder por elas perante os outros.
O Senso moral e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidas ao bem e ao mal, ao desejo de felicidade e ao exercício da liberdade. Dizem respeito às relações que mantemos com os outros e, portanto, nascem e existem como parte de nossa vida com outros agentes morais. O senso e a consciência morais são por isso constitutivo de nossa existência intersubjetiva,