A exclusão social no Brasil
A exclusão social é um tema atual, que abrange várias áreas do conhecimento, e pode ser interpretada como desigualdade social, miséria, injustiça, marginalização social, exploração social e econômica, dentre outras definições.
Sintetizando, pode-se dizer que a exclusão é estar à margem, fora. São grupos de pessoas que são impedidas de participar de certas situações ou ambientes. Em outras palavras, é um processo sócio-histórico que exclui grupos de pessoas de variadas áreas da vida social, causando impactos na individualidade humana.
No mundo capitalista, em que nos encontramos, a exclusão social é interpretada como a falta de participação de mercados de bens materiais ou culturais. A exclusão faz parte do sistema social. Desse modo, sempre haverá pessoas sofrendo algum processo de exclusão.
Pode-se dizer que a exclusão social se exprime principalmente em 6 dimensões da vida cotidiana do homem. do SER, ou seja da personalidade, da dignidade e da auto-estima e do auto-reconhecimento individual; do ESTAR, ou seja das redes de pertença social, desde a família, às redes de vizinhança, aos grupos de convívio e de interação social e à sociedade mais geral; do FAZER, ou seja das tarefas realizadas e socialmente reconhecidas, quer sob a forma de emprego remunerado (uma vez que a forma dominante de reconhecimento social assenta na possibilidade de se auferir um rendimento traduzível em poder de compra e em estatuto de consumidor), quer sob a forma de trabalho voluntário não remunerado; do CRIAR, ou seja da capacidade de empreender, de assumir iniciativas, de definir e concretizar projetos, de inventar e criar ações, quaisquer que elas sejam; do SABER, ou seja do acesso à informação (escolar ou não; formal ou informal), necessária à tomada fundamentada de decisões, e da capacidade crítica face à sociedade e ao ambiente envolvente; do TER, ou seja do rendimento, do poder de compra, do acesso a níveis de consumo médios da sociedade, da