A EXCLUSÃO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA SOCIAL
Mari Nilza Ferrari de Barros
Docente do Departamento de Psicologia Social e Institucional da
Universidade Estadual de Londrina, PR
Palavras-Chave: violência, exclusão, inclusão, cidadania, emancipação
Este texto discute intervenção realizada no município de Londrina, envolvendo situações de violência praticada contra crianças e adolescentes. A intervenção é de caráter interdisciplinar, integrada pelas áreas de Direito, Psicologia, Serviço Social e Comunicação Social e multidimensional, pois congrega ações de diferentes âmbitos. As histórias de moradores da periferia da cidade expressam uma violência social, por meio do desinteresse do poder público municipal. Este investe em medidas assistencialistas e emergenciais, que não asseguram o exercício da cidadania e as práticas de emancipação.
O resultado de tal processo se manifesta no aumento da vulnerabilidade social de famílias, de adolescentes e crianças, já expostos a inúmeras situações de exclusão. O descompromisso da sociedade civil acentua esse quadro perverso, que desenvolve na população o sentimento de desamparo desesperança, o qual desemboca em ações de conformismo.Transformar essa realidade exige compromisso político e responsabilidade social não só da população, mas especialmente de discentes e profissionais que atuam nas Instituições de Ensino Superior.
O debate sobre a exclusão social no Brasil tem tomado corpo nas últimas décadas, especialmente com o crescimento das atividades do terceiro setor. Nesse sentido, o surgimento de ONGs (Organizações Não Governamentais), cujas ações se estendem para diversas áreas de atuação, envolvendo diferentes segmentos sociais, tem aumentado a visibilidade da exclusão, contribuindo para o aprofundamento das discussões que levem à superação dessa realidade perversa.
Durante longo tempo no Brasil, as questões relacionadas à exclusão desembocavam no mesmo ponto: a