A EVOLUÇÃO E AS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM BANCO DE DADOS
ALUIZIO HAENDCHEN FILHO aluizioh@terra.com.br Os primeiros modelos de banco de dados surgiram na década de 1960, conhecidos como Modelo de Redes e Modelo Hierárquico. Esses modelos foram fortemente influenciados por características físicas dos bancos de dados.
No modelo hierárquico, os dados são organizados em vários tipos de registros, com relacionamentos explícitos entre registros: pai, filhos, irmãos. Restrições de integridade inerentes ao modelo determinam que ocorrências de registros filhos só podem existir ligadas a algum pai. Se um registro filho tem dois ou mais pais do mesmo tipo de registro, o registro filho deve ser duplicado para cada pai. O modelo hierárquico é natural para organizações hierárquicas de dados (taxonomias, estruturas organizacionais, objetos compostos nos domínios da biologia e manufatura). Dentre as suas vantagens, podem ser citadas as restrições de integridade garantidas pelo modelo adequadas a uma realidade hierárquica, simplicidade de processamento e agrupamento hierárquico natural (clustering). Os precursores desse modelo foram a IBM com o IMS (DL/1, IMS DB, IMS DC).
O modelo de redes, criado em 1964, foi formalmente apresentado no relatório do grupo de trabalho CODASYL (Conference on Data Systems Language), em 1971. O modelo foi denominado modelo DBTG (CODASYL Data Base Task Group). Nesse modelo, os dados são organizados em vários tipos de registros e tipos de sets, que estabelecem os relacionamentos. Embora o modelo apresente maior simetria entre as consultas quando comparado ao modelo hierárquico, existem problemas de acesso aos registros “filhos”. Em 1978 e 1981 o modelo foi revisado, e a ANSI (American National Standards Institute) apresentou uma proposta de padronização de uma linguagem de definição de redes (NDL) em 1984. Suas principais vantagens são melhor apresentação de dados estruturados como grafo, modela comportamento de relacionamentos,