A evolução histórica do capitalismo nos últimos dois séculos
Da mesma forma, a qualidade dos postos de trabalho existentes tende a estar associado tanto ao desenvolvimento tecnológico e organização do trabalho quanto às condicionalidades impostas pela regulação no mercado nacional de trabalho. A partir disso, o conceito de Divisão Internacional do Trabalho assume relevância como expressão do grau de assimetria geográfica no uso e rendimento da mão-de-obra em distintas fases históricas da evolução da economia mundial.
Duas são as referências teóricas que se sobressaem na sustentação temática da Divisão Internacional do Trabalho. De um lado, destaca-se a noção fundada nas vantagens comparativas que determinadas nações possuem ao produzir e comercializar seus bens e serviços. Assim, a existência de algumas nações mais ricas do que outras poderia ser explicada por fatores estritamente de ordem econômica.
Somente o maior intercâmbio de bens, serviços e informação entre as nações possibilita haver menor grau desigualdades entre os distintos estágios de desenvolvimento econômico e, portanto, no formato da Divisão Internacional do Trabalho. Dessa forma, a integração no sistema econômico mundial, por ser realizada através da maior competição entre nações, seria capaz de gerar saldos positivos entre a destruição e a criação de postos de trabalho para as áreas geográficas mundiais com vantagens comparativas. A especialização nas atividades produtivas seria requerida como princípio motivador da competitividade no contexto do livre-comércio internacional.
Nos dias de hoje, a versão mais sofisticada dessa visão teórica pode ser