A evolução histórica da ética

EVOLUÇÃO DA ÉTICA

Desde a antiguidade, a ética passou por uma grande evolução, distinguindo-se da moral e se dividindo. Atualmente, existe uma ética da humanidade que pauta comportamentos pensando em pressupostos maiores; e outra que padroniza ações no interior de um grupo especifico.
Para se chegar até a chamada ética profissional, um dos ramos da ética normativa, se fez necessário percorrer o desenvolvimento da ética ao longo da história.
A ética existe desde os primórdios da humanidade, porém começou a ser racionalizada com os Gregos, que foram os primeiros a se preocupar com a existência de um conjunto de regras que pudessem viabilizar a convivência em sociedade.
Antes de Aristóteles, herdeiro da tradição socrática, Platão tratou a ética como componente indissociável da vida política, da harmonia entre os habitantes da Pólis.
Sua tarefa seria promover o nivelamento entre os indivíduos, diluindo as diferenças em prol do bem comum. A ética deveria permitir que os indivíduos partilhassem o poder, impedindo a concentração do governo nas mãos de um segmento da sociedade ou de um individuo.
Portanto, fornecendo limites à liberdade, equalizando diferenças sociais e econômicas, a ética deveria fazer o sujeito se preocupar com o outro, partilhando o poder.
O problema é que a busca para a divisão dos poderes termina por desvirtuar o homem, que ao invés de pensar no bem da coletividade só almeja o sucesso individual.
Na Idade Média, entre os séculos XI e XV, houve a dominação pelo catolicismo na Europa Ocidental, a ética era vinculada com a religião e dogmas cristãos.
Dentre as concepções filosóficas que influenciaram fortemente o conceito de ética medieval, cabe destacar as ideias de Santo Agostinho, Santo Anselmo e São Tomás de Aquino.
Houve também uma subordinação da ética à moral, com a última sobrepondo-se a primeira e invertendo a ótica a favor da heteronomia pautada pelo cristianismo, e ainda sendo deixada para segundo plano na efetivação da justiça, a