A evolução do trabalho no Brasil
1. As transformações recentes no mundo do trabalho Novas transformações aconteceram na sociedade capitalista e todas elas têm a ver com a busca desenfreada pó mais lucro. Como a recessão aumentou por causa da crise do petróleo, os capitalistas inventaram novas formas de elevar a produtividade do trabalho e expandir os lucros. Começaram, então, a surgir formas de flexibilidade do trabalho e expandir o mercado. Existem duas formas de flexibilização: a flexibilização dos processos de trabalho e de produção e a flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho. A primeira forma ocorre com a automação e a conseqüente eliminação do controle manual por parte do trabalhador. Com o processo de automação, não existe mais um trabalhador específico para uma tarefa específica. O trabalhador deve estar disponível para adaptar-se ás diversas funções existentes na empresa. Os que não se adaptam normalmente são despedidos. A flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho ocorre quando os empregadores passam a utilizar as mais diferentes formas de trabalho: doméstica e familiar, autônoma, temporária, por hora ou por curto prazo, terceirizada entre outras.
2. A sociedade salarial está no fim?
Até a pouco tempo, o trabalhador podia entrar numa empresa, trabalhar anos seguidos e aposentar-se nela. Era o chamado posto fixo de trabalho, Hoje, isso está desaparecendo, conforme explica o sociólogo francês Robert Castel, essa situação está dando lugar a uma nova sociedade, no qual o trabalho e a previdência já não significam segurança, o que causa transtornos terríveis em termos sociais e individuais. Ele destaca quatro aspectos que aparecem estar se generalizando no mundo:
- A desestabilização dos estáveis. As pessoas que têm emprego estão sendo “invalidadas” por vários motivos.
- A precariedade do trabalho. Há um desemprego constante nos últimos anos, e a maioria dos