A evolução das instituições politicas e juridicas
Fato é que aprendemos a confiar naqueles que detêm autoridade sobre nós, já que graças a essa subjetiva relação superamos as primeiras dificuldades de nossa existência.
De outro lado, é inegável que no curso da vida conquistamos nossos espaços e passamos a definir nossos destinos, conforme bem explica a teoria mecanicista de sociedade e os estudos constitucionais que nos atribuem a titularidade do poder e inúmeras liberdades.
Nos termos do parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal de 1988, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. E dentro de um País de grande dimensão territorial e população superior a 200 milhões de habitantes é natural que prevaleçam os instrumentos da democracia representativa, por meio da qual confiamos a diversas autoridades preciosos valores, como a guarda de nossas liberdades e dos bens necessários à nossa subsistência.
Assim, de fato, titularizamos um poder que poucas vezes exercemos diretamente, enquanto as autoridades exercem poderes que não titularizam.
A democracia tem por base não só o voto do povo, mas também a liberdade de consciência, de culto, de religião e de trabalho.
O conceito de kelsen, pelo qual a democracia é uma técnica de liberdades, é o que melhor traduz a democracia, pois um povo sem liberdade de informação e de manifestação, ainda que vote, jamais terá um governo verdadeiramente voltado para o bem-estar da maioria.
Conforme ensina celso antônio bandeira de mello1: “A democracia exige, para seu funcionamento, um minimum de cultura política, que é precisamente o que falta nos países apenas formalmente democráticos”. Bem