A Evolução da Governança de TI no Brasil

A evolução da Governança em TI no Brasil

Os escândalos corporativos iniciados no final de 2001, originados com a falência da gigante norte-americana do setor energético Enron, demonstraram a falta de confiabilidade dos sistemas de gestão utilizados, gerando preocupações crescentes com a governança corporativa, o que promoveu o surgimento de leis para regrar a conduta dos agentes envolvidos nos mercados. Da necessidade da efetivação da governança corporativa às novas regras surgiu o intenso uso da TI, e com ela, a Governança de TI.
Esse movimento provocou reflexos no Brasil, uma vez que, as filiais de empresas estrangeiras instaladas no país começaram a alinhar-se às suas matrizes, iniciando um processo de entrada da Governança em TI no território brasileiro. Além disso, o aumento do número de empresas brasileiras que promoveram a oferta pública de ações ao mercado como estratégia de crescimento, em sua maioria, organizações integrantes no segmento da Bovespa chamado de “Novo Mercado” – segmento de empresas comprometidas com a adoção de novas práticas de governança corporativa – colaboraram significativamente com a alteração do cenário da Governança em TI no Brasil.
A visibilidade na Bolsa de Valores e o investimento estrangeiro trouxeram pressão para essas empresas, principalmente no tocante à transparência do andamento dos negócios e dos resultados. Essa pressão tornou fundamental a contribuição da TI de forma eficiente para responder satisfatoriamente às demandas dos investidores e do mercado.
A ampliação no desempenho obtido pelas empresas de capital aberto por meio do melhor emprego da TI nos negócios força as demais organizações a buscarem melhorias para se manterem competitivas. Dessa forma, as empresas buscam maximizar o uso dos investimentos já realizados em TI. No Brasil, as empresas investem atualmente, segundo a FGV-EASP, em média, 4,9% do seu faturamento líquido ante 1,23% em 1988, o que chega a ser maior que a média dos investimentos das