A evolução da física
O livro é formado por quatro capítulos. Inicialmente, a ascensão do paradigma newtoniano - o conceito de um universo mecânico -, o modelo de que todos os fenômenos físicos podem ser descritos em termos de forças de atração e repulsão entre partículas, atuando a distância, que formam fluidos de calor, elétricos e magnéticos. Uma longa seção é incluída sobre a teoria cinética da matéria, com uma descrição do movimento browniano (há fotografias tiradas por Perrin e ilustração do movimento randômico das partículas no meio). A discussão é pródiga em analogias - conceitos de potencial elétrico versus temperatura e carga elétrica versus calor, por exemplo - e metáforas (o cientista como um leitor ávido a buscar soluções no livro da natureza), mas fica claro em todas as oportunidades que as analogias são restritas a algumas situações.
Na segunda parte, o declínio do universo mecânico, discutem-se as dificuldades de adaptar o conceito mecânico a inúmeros fenômenos, como a deflexão de um ímã pela passagem da corrente elétrica (Oersted), o enigma da luz (experiências de difração e polarização). Na terceira parte - Campo, Relatividade - o conceito de campo, como uma representação da realidade, é usado na descrição dos fenômenos eletromagnéticos e ópticos. Discute-se a teoria eletromagnética de Maxwell, que descreve a estrutura do campo atuando em todo o espaço, e que as perturbações de campo são transmitidas na forma de ondas eletromagnéticas com velocidade igual à velocidade da luz. Uma discussão elegante e clara é introduzida para ressaltar as diferenças entre a descrição do movimento na mecânica newtoniana (sistemas de