A evolucao da caneta
Os instrumentos mais utilizados para escrever, desde a Idade Média até ao início deste século, foram simples penas de ave talhadas. Mas a sua rápida degradação levou a que se procurassem alternativas mais duráveis. As primeiras referências a tentativas de fazer plumas em metal remontam ao Século XV, mas até ao Século XVIII só foi possível produzir pesadas réplicas das penas de ave, inadequadas para uma produção em massa. Só com a utilização do aço, no Século XIX, é que os aparos metálicos se generalizaram. Ainda assim, a sua ponta gastava-se depressa demais, pelo que se começou a utilizar o rubi na ponta dos aparos para que estes durassem mais, o que tornava esses aparos muito caros. A descoberta do irídio, do ródio, do ósmio e do paládio, metais especialmente resistentes que substituiam o rubi, permitiu finalmente a produção em massa de aparos duradouros e acessíveis. Para assegurar uma vida ainda maior a aparos de alta qualidade, o ouro começou a ser usado em substituição do aço.
Paralelamente, desenvolveram-se esforços para dotar as penas de um reservatório de tinta, que as tornasse independentes do tinteiro. A referência mais antiga a essas pesquisas consta num manuscrito egípcio do Século X, mas só no Século XVII é que tiveram continuidade no mundo ocidental. Inúmeras patentes foram registadas até ao final do Século XIX, mas nenhuma conseguiu assegurar um fluxo de tinta seguro e regular, de forma a tornar possível uma escrita tranquila. O problema, que residia na necessidade de assegurar a entrada de ar no reservatório para substituir a tinta que saía, só encontrou solução nos anos 1880. Apesar de não se poder considerar que tenha sido o inventor da "moderna" caneta de tinta permanente, a verdade é que Lewis Edson Waterman registou em 1884 a patente de uma caneta com reservatório e um alimentador de ebonite por baixo do aparo. A abundância de aparos baratos que, precisamente nessa altura, se começou a verificar permitiu