A eutanásia em peter singer
Faculdade de Filosofia
Professor Doutor Denis Coitinho Silveira
Ética III
A EUTANÁSIA EM PETER SINGER
Cleusa Rosaura Silveira Caldas Botelho
Vinte e um de junho de dois mil e onze
A EUTANÁSIA EM PETER SINGER
*Cleusa Rosaura Silveira Caldas Botelho[1]
Resumo: O presente trabalho visa uma reflexão sobre a eutanásia voluntária na visão ética de Peter Singer, exposta na sua obra Ética Prática, em que usando uma abordagem consequencialista, defende o modelo teórico do utilitarismo de preferência e o princípio da utilidade, em que a ação correta é a melhor para todos, aquela em que o melhor resultado é o que maximiza a felicidade.
Palavras-chave: Eutanásia, princípio da utilidade, princípio da autonomia.
A eutanásia, do ponto de vista ético, é justificável? Seria considerado ético um ato que retira a vida de uma pessoa? No ponto de vista de Peter Singer, não há sentido em manter viva uma pessoa cuja morte é certa e a dor agonizante, onde o indivíduo possua uma vida que não vale a pena ser vivida. A definição de pessoa, para ele, é o indivíduo que tenha capacidade de individuação e de consciência de si, isto é, com autonomia, que se caracteriza no poder de escolha de seus interesses e objetivos. Atualmente, devido às conquistas tecnológicas, necessário se tornou uma ética que supervisione o comportamento dos profissionais da saúde, haja vista as inúmeras maneiras existentes de prolongamento da vida. Os princípios utilizados para a justificação da eutanásia são o princípio do utilitarismo de preferência em que o correto é o resultado da maximização das preferências individuais, e o princípio da autonomia que assegura ao indivíduo a escolha de dispor de seus direitos, e nesse caso, o direito à vida.