A Europa entre o Renascimento e o Maneirismo
Início do Renascimento em Itália
Pós queda do Império Bizantino no séc. XV, pelos Otomanos, os artistas e intelectuais bizantinos refugiram-se em Itália, após a sua fuga, estes levavam com eles a tradição clássica de raízes gregas, sendo esta a base da renovação cultural e artística do Quattrocento (eventos culturais e artísticos do século XV na Itália).
No séc. XV, a Itália encontrava-se dividida em vários feudos, repúblicas e reinados rivais. Esta rivalidade trouxe uma grande oportunidade à arte, estimulando o seu desenvolvimento.
O facto de cada cidade-estado querer superar as outras cidades, traduziu-se numa vasta produção artística.
Ao nível da arte em si, esta caracterizou-se pelo seguimento da linha naturalista já introduzida no Trecento (período da História da Arte que segue a Idade Média na Itália).
O intenso estudo da perspectiva foi o que mais marcou as obras, apesar de ter havido outras renovações estéticas. O artista e a obra adquirem independência. Sendo que o artista ganha autonomia, sendo valorizada a originalidade, subtileza de forma e o nível de invenção. Em vez de apenas qualidades técnicas e escolha dos materiais.
O nascimento de uma revolução: Renascimento em Florença
O renascimento veio logo ao início revolucionar.
Ao contrário de outras correntes como o românico e o gótico, não se limitou a reformular o mesmo conceito; formatou toda uma linguagem com bases totalmente novas, centradas na intelectualidade profana, no homem e na natureza.
Os primeiros passos na direcção da renovação apareceram logo no séc. XIV com Dante e Petrarca, nas suas obras.
Estes e outros florentinos, frustrados com a direcção que Itália estava a tomar comparativamente aos tempos de glória da época romana, empenharam-se na regeneração, recuperando a língua, as instituições e o esplendor do passado que se estava a perder.
Encontraram na arte clássica as bases sólidas para a regeneração