A etica protestante e o espirito do capitalismo
Uma das principais perguntas que se fazia na sociologia do final do século XIX, era em que medida as concepções religiosas das diferentes sociedades influenciaram seu comportamento econômico. Grande parte das pesquisas realizadas por Weber nesta área figura nos três volumes de seu estudo incompleto Sociologia da Religião. O conteúdo básico destes estudos é uma análise dos aspectos mais importantes da ordem social e econômica da sociedade ocidental, nos diversos períodos históricos.
Sociologia da Religião de certo modo é uma resposta – pelo menos a de Weber – para solucionar o dilema que em grande parte preocupava a intelectualidade da época: saber qual seria o fator primordial a influenciar as mudanças sociais (e uma das grandes mudanças sociais analisadas na época eram o capitalismo e seu surgimento). Para Marx, cujas idéias eram bem fundamentadas filosófica e economicamente (O Capital e outros escritos), eram as condições econômicas a provocar as mudanças sociais. Para outros analistas, eram as condições geográficas, climáticas ou políticas. Pensadores como o filósofo Dilthey, o teólogo Troeltsch e o sociólogo Sombart, estavam convencidos de que as mudanças sociais eram basicamente motivadas pelas idéias e convicções éticas. Para eles o capitalismo não poderia ter surgido sem que houvesse uma profunda mudança espiritual, como a Reforma