A ESTÉTICA TRANSCENDENTAL E A ANALÍTICA DOS CONCEITOS NA CRP DE KANT
Immanuel Kant foi um filosofo alemão, considerado por muitos como o maior da era moderna, que escreveu diversas obras dentre elas A Crítica da Razão Pura (1781), na qual, com maestria, nos conduz ao mundo do conhecimento. Nela ele elabora uma resposta à questão de como é possível o conhecimento afirmando o papel constitutivo de mundo pelo sujeito transcendental, isto é, o sujeito que possui as condições de possibilidade da experiência.
Com o intuito de responder à questão anterior, ele fez uma síntese entre racionalidade e empirismo, dentre dos diversos debates promovidos por Descartes e Leibniz de um lado e Hume do outro, em torno do conhecimento. Ele reafirma que o conhecimento tem origem na experiência e é possível entende-lo analisando o papel constitutivo do mundo. Porém, Kant avança apresentando algumas idéias sobre a sensibilidade e o entendimento [A15 – B29] que vão de encontro à filosofia anterior a sua. O autor revolucionou a filosofia que por muito tempo debateu acerca do tema conhecimento compreendendo o mundo como o motor propulsor para se entender todas as relações de conhecimento do sujeito.
Kant afirma que o homem possui faculdades que torna o conhecimento possível. A partir de então, ele inverte a ordem da epistemologia clássica e passa a investigar a razão e seus limites e não como deve ser o mundo para que se possa conhecê-lo. Quais são as fontes do conhecimento no sujeito transcendental, afinal?
Em Kant, há duas principais fontes de conhecimento no sujeito: a) a sensibilidade, por meio da qual os objetos são dados na intuição e b) o entendimento, por meio do qual os objetos são pensados nos conceitos. Na sessão Doutrina Transcendental dos Elementos do livro acima citado ele nos introduz ao conceito de Estética Transcendental, diferenciando-se do conceito “tradicional” de estética, aquela mais comumente relacionada a uma teoria do gosto ou do belo. A Estética