A estruturação do trabalho e práticas sindicais no brasil
As características do trabalho foram profundamente mudadas ao longo das três últimas décadas, na década de 80 houve uma expansão e reestruturação do capitalismo que refletiu de modo rápido na década de 90. As inovações tecnológicas, as novas formas de gestão das organizações, a flexibilização dos contratos de trabalho, marcaram de forma decisiva a década de 90, refletindo dentro das organizações e da sociedade. A acentuada divergência entre o número de empregos, que caiu de forma acentuada nesta década, e produtividade das organizações, que aumentou consideravelmente, recai, dentre outros, nas mudanças tecnológicas de processo e organização da produção, que foram implementadas pelas empresas da época buscando eficiência produtiva (Gonzaga, 1996) tornando imprescindível estudar a perspectiva da organização frente às mudanças a partir da década de 90. A abertura comercial e desregulamentação da economia, com a internacionalização, tornaram o trabalho informatizado e precário, fragmentaram os trabalhadores, impactando nas organizações sindicais que haviam conquistado espaço político na sociedade. Na década de 90 a crise no bem estar social, devido ao modo desfavorável que as transformações recaíram sobre os trabalhadores, fazendo com que, de acordo com Falconer (1999), as organizações do terceiro setor surgissem como promessa de renovação do espaço público, resgate da solidariedade e da cidadania, a humanização do capitalismo e, se possível, a superação da pobreza.
2. OBJETIVOS
Este contexto motivou o presente estudo que enfoca nas mudanças microeconômicas, ou seja, que ocorreram no interior das empresas, dos sindicatos e das organizações do terceiro setor; procurando compreender como as mudanças sócio-históricas, especialmente a partir da década de 90, se figuraram nestas organizações e, de modo mais abrangente, na sociedade.
2.1 Objetivo Geral
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