A Espiritualidade e os Psicologos
Cultura Religiosa – Psicologia 3º período, Manhã.
Resumo:
A espiritualidade e os psicólogos
Marilia Ancona-Lopez
Romain Rolland concorda com Freud que, com base na postulação de um inconsciente pessoal, a análise da religião do homem comum feita por ele é correta.
William Parsons diz que é interessante notar que as discussões iniciais sobre religião, originadas no âmbito da psicanálise, possibilitaram os primeiros psicólogos experiências que se tornaram a base clínica para a emergência de uma séries de análises positivas da espiritualidade. A experiência do sagrado é a vivência de uma realidade, segundo Rudolf Otto (1992, p. 193).
A poliformia que se faz presente nas vivências dos psicólogos clínicos, eles consideram experiências espirituais, de transcendência ou do sagrado. As vivências espirituais relatadas pelos psicólogos ora se apresentam de forma viva, ora como vaga lembrança, associação, e mostram-se presentes de modo constante ou repentino. Dificilmente, no entanto, os psicólogos conseguem expressar as suas vivências espirituais em linguagem psicológica. Os termos e as explicações encontradas nas teorias psicológicas não dão conta do fenômeno e mostram-se particularmente redutoras, tirando o encanto e a amplitude da experiência.
Os cursos de psicologia não dão acesso, ao estudante, a trabalhos nessa área, desenvolvidos no país ou nas escolas europeias e americanas, que poderiam facilitar um olhar psicológico não redutor ao fenômeno religioso. Os psicólogos, no Brasil, encontram muito poucas possibilidades de inserir suas experiências espirituais e religiosas num universo acadêmico e profissional que as aceite, integre e compartilhe, e tem dificuldade para desenvolver uma ação psicológica congruente consigo mesmo no que diz respeito ao tema da espiritualidade e religião.
Sem expressão psicológica, sem expressão religiosa, sem troca nem intercâmbio, a espiritualidade dos psicólogos clínicos mantêm-se como