A espetacularização e a ideologização do judiciário

BOFF, Leonardo. A Espetacularização e a ideologização do judiciário, s/d

Lucas Garcia

Neste resumo do texto “A Espetacularização e a Ideologização do Judiciário”, de Leonardo Boff (Teólogo/filosófico), retoma-se a opinião pessoal do autor sobre a repercussão do julgamento do mensalão e sobre como a imagem da alta cúpula do PT e do presidente Lula ficaram após a investigação do mensalão. Segundo Boff, caso fossem culpados, os envolvidos no mensalão, deveriam sofrer o rigor da lei sobre eles, porém, na concepção do teólogo, o que mais se destacou neste caso foi o sensacionalismo e a espetacularização que se criou em torno do caso, pois os ministros do supremo com suas ideologias latentes acabaram com qualquer credibilidade dos investigados ou mesmo do PT. Boff afirma que as ações ideológicas do ministro Celso de Melo é destacada de forma gritante, até mesmo em seu tom de voz, a exemplo, cita algumas frases que foram ouvidas no plenário como: “o mensalão seria um projeto ideológico- partidário de inspiração patrimonialista”, “assalto criminoso à administração pública", "uma quadrilha de ladrões de beira de estrada" e "um bando criminosos”, essas para comprovar a indignação do autor com o “espetáculo” que foi o julgamento do mensalão.
Segundo o filosofo, a ideologia que perpassa os principais pronunciamentos dos ministros do STF parece dar eco à voz de outros, da grande imprensa empresarial que nunca aceitou que Lula chegasse ao Planalto, assim como, no Planalto poderiam os envolvidos penetrar como faxineiro e limpador de banheiros, como aliás parece ter ocorrido no primeiro e honroso trabalho do ministro Joaquim Barbosa no STE. Para o autor, Ouvem-se ecos no plenário, vindos da Casa Grande, os quais pretendem manter a Senzala sempre submissa e silenciosa. Dificilmente, se tolera que através do PT os lascados e invisíveis começaram a discutir política e a sonhar com a reinvenção de um Brasil diferente. Tolera-se um pobre ignorante e mantido