A ESPECIFICIDADE DA FILOSOFIA
1.1- Orientação ao estudo de Filosofia
Desde o surgimento da filosofia na antiga Grécia, a capacidade de problematização tem sido considerada um dos indicadores de uma postura filosófica diante do real, na medida em que permite ir além do sentido comum e aparente das coisas, assim como colocar em questão a multiplicidade e variação das opiniões humanas. A postura indagadora estende-se, portanto, à totalidade do real, abarcando tanto o âmbito do ser como o do saber.
1.2- O Filosófico, o Científico e o Senso Comum.
O conhecimento filosófico surge da relação do homem com seu dia-a-dia, porém preocupa-se com respostas e especulações destas relações. Não é um conhecimento estático, ao contrário sempre está em transformação. Considera seus estudos de modo reflexivo e crítico. É um estudo racional, porém não há uma preocupação de verificação, já o conhecimento científico precisa ser provado. O conhecimento surge da dúvida e comprovado concretamente, gerando leis válidas. É passível de verificação e investigação, então acaba encontrando respostas aos fenômenos que norteiam o ser humano. Usa os métodos para encontrar respostas através de leis comprobatórias, as quais regem a relação do sujeito com a realidade.
O conhecimento empírico surge da relação do ser com o mundo. Todo ser humano apodera-se gradativamente deste conhecimento, ao passo que lida com sua realidade diária. Não há uma preocupação direta com o ato reflexivo, ocorre espontaneamente. É um conhecimento do tipo abrangente dentro da realidade humana. Não está calcada em investigações.
1.3- Gênese e conceito de filosofia a atitude e a reflexão filosófica.
Embora o homem seja inseparável das suas circunstâncias, não pode todavia ser reduzido a uma mero produto das mesmas. Ele está permanentemente a ser confrontado com novos problemas que o colocam perante novas situações imprevisíveis, e que o obrigam a alargar os seus horizontes de compreensão da realidade. Cada