a escravidão no brasil
1 INTRODUÇÃO
Para que a empresa colonial fosse mais lucrativa, era necessário de muita mão-de-obra que pudesse ser explorada, por isso, para implementação da grande lavoura na América Portuguesa, os colonizadores fizeram extensivo uso da mão-de-obra escrava, achavam, inviável empregar trabalhadores livres numa produção em larga escala para a exportação.
Inicialmente, foram os indígenas os primeiros a serem escravizados e posteriormente, os africanos. Mas, é importante ressaltar que a introdução dos escravos africanos não pôs fim à escravidão indígena. Entretanto à medida que avançava a colonização portuguesa ocorria também a entrada sistemática de escravos africanos na América Portuguesa. Esse fato é bastante interessante, como bem afirma Freire (1989), “todo brasileiro traz na alma e no corpo a sombra do indígena ou do negro”. Após o fortalecimento do lucrativo tráfico negreiro a mão-de-obra indígena foi abandonada. Essas populações originárias do nosso continente passaram a ser perseguidas e quase foram dizimadas.
A historiografia clássica sobre a escravidão até a década de 1980, priorizou os estudos das características de populações cativas vinculadas à grande lavoura de exportação locais em que os escravos eram empregados sistematicamente na produção de mercadorias destinadas à exportação, sendo o tráfico de negros africanos essencial para a manutenção e crescimento da mão-de-obra. É o que afirma Mattoso (1982),
Nesses estudos ficaram potentes algumas características da escravaria integrada a economia colonial, geralmente apontando os escravos como sendo compostos, em sua maioria por homens com faixa etária elevada e poucas mulheres e crianças. Indicam também uma certa dificuldade dos escravos ligados a regiões baseadas em atividades tipo exportação, casarem, constituírem famílias e reproduzirem-se.
(MATTOSO, 1982,P.30)
Assim sendo, o objetivo deste artigo é o de enfocar e refletir sobre a