A escolha de dirigentes escolares: políticas e gestão da educação no brasil
Luiz Fernandes Dourado é professor titular do Departamento de Fundamentos da Educação e do mestrado em educação escolar brasileira da faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás.
O autor faz em sua obra um apanhado do que vem acontecendo com as políticas públicas educacionais desde a década de 90, destacando o triunfo da política neoliberal, o destaque do papel da escolarização, a democratização de escola e da gestão escolar, asseguradas pela LDB. A partir daí surgem inúmeros questionamentos quanto ao papel e função social da escola e principalmente da gestão escolar.
O autor defende a eleição de diretores de escola e a constituição de conselhos escolares como formas mais democráticas de gestão, ressalta ainda a importância do resgate do papel político-institucional e a função social da escola em que o gestor escolar é o principal agente de democratização das relações escolares, porém, em pesquisas realizadas observou-se que haviam várias formas de gestão das escolas, sobretudo, a mais usual até os dias atuais é a livre indicação pelos poderes públicos em que o gestor escolar reflete práticas autoritárias permitindo a transformação das escolas em currais eleitorais.
Dourado, defende explicitamente as eleições diretas para diretores, porém, não a vê como a única medida para se levar à democratização da gestão escolar, deve-se levar em conta a forma de escolha e o exercício da função. Esta modalidade segundo a pesquisa “Escolha de dirigentes escolares” se propõe a resgatar a legitimidade do dirigente como coordenador do processo pedagógico no âmbito escolar.
A democratização da escola passa pela democratização do acesso, da permanência e da gestão. Essa compreensão é reveladora de que as políticas voltadas para o cotidiano escolar