A escola tecnicista
A pedagogia tecnicista aparece nos Estados Unidos na segunda metade do século XX e é introduzida no Brasil entre 1960 e 1970, onde proliferou o que se chamou de “tecnicismo educacional’, inspirado nas teorias behavioristas da aprendizagem e da abordagem sistêmica do ensino, buscando adequar a educação às exigências da sociedade industrial e tecnológica”. Esta educação atua no aperfeiçoamento do sistema capitalista que é ordem social vigente, articulando-se diretamente com o sistema produtivo cujo interesse é produzir indivíduos “competentes” para o mercado de trabalho, onde é valorizado, nesta perspectiva, não o professor, mas sim a tecnologia. O professor passa a ser um mero especialista, sendo, apenas, um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno.
A prática escolar nessa pedagogia tem como função especial adequar o sistema educacional com a proposta econômica e política do regime militar, preparando, dessa forma, mão-de-obra para ser aproveitada pelo mercado de trabalho. É nesse período que o espírito crítico e reflexivo é banido das escolas. Para esta tendência, o ensino é um processo de condicionamento através do uso de reforçamento das respostas que se quer obter, sendo o conteúdo as informações objetivas que possam proporcionar, ao fim do processo, a adequada adaptação do indivíduo ao trabalho. Os conteúdos de ensino desta tendência são baseados em informações e princípios científicos de leis, estabelecidos e ordenados numa seqüência lógico-psicológica, ou seja, eles devem ser mensuráveis eliminando qualquer sinal de subjetividade. Sendo assim, os conteúdos devem estar embasados na objetividade do conhecimento. Seus métodos são programados por passos seqüenciados, empregada na instrução programada, nas técnicas de micro ensino, multimeios, módulos inclusive a programação de livros didáticos.
Evidencia-se na relação professor-aluno que o professor administra as condições de transmitância da matéria. O aluno recebe,