A escola de sócrates
Já na parte final de sua defesa, Sócrates, com humildade, alega não ser sábio e conhecedor de todas as ciências, mas reatesta seu caráter de destaque e distinção entre os demais atenienses, não afirmando, contudo, que esta característica lhe tenha sido dada por seu suposto vasto conhecimento. Ele defende que não vende seus argumentos e tampouco o nega a qualquer cidadão que por eles se interesse. O pensador grego contesta os seus acusadores ao pergunta-lhes o porquê de muitos atenienses apreciarem tanto sua companhia e seus diálogos. Ele ainda se dirige aos jovens que supostamente corrompeu e os instiga a tomar a palavra para que façam eles mesmos o papel da acusação. Sócrates ainda evoca os familiares – pais e irmãos – dos “corrompidos” por seus ensinamentos para que eles então tomem o argumento da acusação em nome dos jovens. Sócrates apela, finalmente, para a honestidade dos cidadãos mais velhos, que não foram corrompidos por seus diálogos, e afirma que não existe outra saída mais digna para eles do que a de confirmar a verdade de que ele diz a verdade e de que a acusação de Meleto não se procede como honesta. Ao escolher exercer a função de sua própria defesa e se recusar ao fugir de Atenas, Sócrates apela para a sanidade dos seus compatriotas para que vejam o quão erronia e absurda é a acusação e a sentença a qual ele será submetido. Ele usa de seu próprio método socrático em sua defesa, instigando seus acusadores a contestar a validade da própria