A escola com quem sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir
Autor: Rubem Alves
Ano: 2008
Editora: Papirus – 11ª Edição
Local: Campinas, São Paulo.
Páginas: 120
Ao visitar a Escola da Ponte, em Portugal, o educador Rubem Alves deparou-se com a realização daquilo que sempre havia pensado como ideal de educação. Ficou tão feliz com essa descoberta que da visita nasceu um livro cujo título deixa claro o que o autor sentiu ao conhecer a tal instituição: A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Todo o texto está envolvido por um excesso de encantamento, resultante da visita de Rubem Alves à Escola da Ponte, em Portugal, em maio de 2000. O livro reúne textos e seis crônicas. O professor Ademar Ferreira dos Santos na qual é responsável pelo prefácio do livro e texto como as lições de uma escola e uma ponte para muito longe. Ele aponta as principais divergências entre o ensino tradicional e a Escola da Ponte, como o fato de, na escola portuguesa, a educação não ser voltada para a competição e de palavras como indisciplina, rivalidade. O objetivo principal daquela escola é ser um local que consiga tornar as crianças felizes, solidárias e com ideias próprias, características essas bastante desvalorizadas no pensamento utilitarista predominante dos dias atuais, em que quem não é um "vencedor" é descartado.
Em seu relato sobre tão marcante experiência, Rubem Alves fala primeiramente dos mestres zen e os chama de estranhos educadores, porque desejavam, onde posso dizer de “desensinar" seus discípulos, a fim de que eles pudessem ver o que nunca tinham visto libertar os olhos dos saberes, tornar infantis os olhares, como o de quem vê algo pela primeira vez. O educador encontrou na Escola da Ponte grande igualdade com tal pensamento. Essa escola está aberta a quem quiser conhecê-la, tanto àqueles que querem aprender com ela quando a seus detratores. Qualquer um que chegue lá para visitar pode, em um primeiro momento, ficar