A Escola Cepalina E A Teoria Da Depend Ncia

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DISCENTE: Ana Paula Souza Lizi
DOCENTE: Prof. Dra. Regina Laisner
DISCIPLINA: Formação Política e Econômica do Brasil
CURSO: Relações Internacionais – 1º ano (Noturno)
A escola Cepalina e a lógica do desenvolvimento centro-periferia. A visão marxista da dependência
A teoria da dependência surgiu em meados dos anos 50, tendo como objetivo quebrar a visão positivista de que o desenvolvimento de um país é um processo evolucionista, e que, para essa evolução ocorrer, países subdesenvolvidos deveriam passar pelas mesmas fases que os países desenvolvidos passaram; a ideia de centro-periferia surgiu com os estruturalistas e dá uma visão sistêmica da economia, afirmando que os países da América Latina estão envolvidos em um sistema internacional, onde há o colono que desenvolve interesse nos produtos proveniente desses países, vindo então a colonizá-los como fornecedores para a metrópole produtora. Nesse âmbito, podemos analisar essa relação: os países centrais (colonizadores) controlam a economia dos países periféricos (colônias), causando um subdesenvolvimento dos mesmos. A visão marxista da dependência traz a ideia de que desenvolvimento é não apenas econômico, e sim uma combinação entre a economia, a autonomia política e o desenvolvimento social.
Essa teoria foi difundida em uma época de extrema crise nos países da América Latina, sucedida por outra de golpes militares e ditaduras; havia uma sensação de instabilidade econômica e um embargo no crescimento, e ao invés de buscarem por uma autonomia do capital, a elite econômica desses países buscava apenas uma participação do capital internacional.
Ao analisar a situação atual brasileira, percebe-se que o Brasil está entre as dez maiores potências do mundo, junto com a Índia, porém esses países são excluídos do sistema mundial do ponto de vista político. Embora haja um Estado economicamente forte e industrializado, há uma