A Escalada Armamentista e o Início da Era Espacial
A escalada armamentista
O ambiente de Guerra Fria que se viveu após 1945 não se refletiu apenas na formação de alianças politíco-militares. A iminência de um conflito armado, evidenciado por frequentes crises politícas e pela violência das acusações recíprocas, levou as grandes potências a procurarem preparar-se para uma eventual guerra, investindo grandes somas na conceção e fabrico de armamento cada vez mais sofisticado e poderoso.
Nos primeiros anos do pós-guerra, os Estados Unidos já detinha o segredo da bomba atómica, que consideravam a sua melhor defesa. Porém, quando, em setembro de 1949, os Russos fizeram explodir a sua primeira bomba atómica, a confiança dos Americanos desmoronou-se.
Face ao rápido avanço da URSS, os americanos depressa incremetaram pesquisas com o objetivo de criar uma arma ainda mais destrutiva: em 1952 já testavam, no Pacífico, a 1ª bomba de hidrogénio, com uma potência mil vezes superior à bomba de Hiroxima.
A corrida ao armamento tinha, assim, começado.
No ano seguinte, os soviéticos também já controlavam a sua produção da bomba de hidrogénio. Com isto o ciclo reiniciou-se, levando as duas superpotências à produção maciça de armamento nuclear. Para além de bombas, o mundo viu multiplicarem-se as armas ditas convencionais.
No fim de 1950, os americanos decidiram dar prioridade a outro tipo de produção. Consideravam imperativo aumentar, tão depressa quanto possível, a força aérea, terrestre e naval em geral e a dos aliados a um ponto em que não estivessem tão fortemente dependentes de armas nucleares.
O investimento ocidental nas armas convencionais desencadeou, como era de esperar, uma igual estratégia por parte da URSS [que afetou, em 1952, 80% do orçamento de Estado para despesas militares].
Cada um dos blocos procurava persuadir o outro de que usaria, sem hesitar, o seu potencial atómico em caso de violação das respetivas áreas de influência. No entanto, ambas as