a era vargas
A literatura regionalista, intencionalmente ou não, traduz peculiaridades locais, expressando os traços do momento histórico e da realidade social; nela, o local é abordado com amplitude, podendo-se falar tanto de um regionalismo urbano quanto de um regionalismo rural.
A grande tendência da literatura regionalista é apresentar a tensão entre idílio e realismo, entre nação e região, oralidade e letra, campo e cidade, entre a visão nostálgica do passado e a denúncia das misérias do presente.
O regionalismo tem uma tradição de quase 150 anos na literatura brasileira. Surgiu em meados do século 19, nas obras de José de Alencar, de Bernardo Guimarães, de Alfredo d'Escragnole Taunay e de Franklin Távora e pode-se dizer que há textos de cunho regionalista em nossa literatura até o final do século 20.
Pode-se dizer que as obras do século 20 são os grandes textos do regionalismo no Brasil. Entretanto, para se chegar a expoentes como José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Guimarães Rosa, o gênero percorreu um grande caminho, cujas raízes estão na época do romantismo, como foi o caso da obra de José de Alencar.
Autores e Obras do Romance Regionalista FABIO NETO
José de Alencar (1829-1877)
Nascido no Ceará, exerceu cargos políticos durante sua vida da qual passou grande parte na cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Principais Obras de Romance Regionalista:
O Sertanejo (1875)
O Gaúcho (1870)
Til (1872)
O Tronco de Ipê (1871)
Franklin Távora (1842-1888)
Cearense, atuou politicamente e cumpriu a função de transitor do romantismo para o realismo.
Principais Obras de Romance Regionalista:
Um Casamento no Arrabalde
O Cabeleira (1876)
O Matuto (1878)
O Sacrifício (----)
Visconde de Taunay (1843-1899)
Membro da elite do Rio de Janeiro, foi defensor da abolição e exerceu cargos militares e políticos ao longo de sua vida.
Principais Obras de Romance Regionalista:
Inocência (1872)
A Retirada da Laguna (1871)