A Era do Economista - Capítulo 01
No primeiro capítulo, Daniel Fusfeld descreve a passagem da antiga para a atual economia de mercado. Antes do século XV a população não realizava um comércio propriamente dito, que visasse a acumulação de lucros, mas uma economia que se baseava na reciprocidade de direitos e deveres. A transformação da economia dessa sociedade se deu a partir do momento em que os camponeses tiveram que pagar aos senhores o arrendamento de suas terras, devendo assim, vender seus produtos agrícolas para obter dinheiro. Os senhores feudais utilizavam o que arrecadavam para comprar bens dos quais necessitavam. As descobertas marítimas foram as grandes responsáveis pelos avanços alcançados a partir do século XV, pois deram início ao comércio marítimo e desencadearam um intenso rumo de capital para a Europa. A criação dos Estados Nacionais destruiu os poderes políticos da nobreza e clero, transformando completamente a sociedade da época. Os impostos que eram arrecadados a fim de contribuir na manutenção do exército e marinha estimularam ainda mais a circulação de dinheiro na Europa.
O pensamento medieval, conservador, tradicional, foi substituído por novos hábitos e condutas voltados para o comércio, riqueza e acumulo de capital. As mudanças geradas pelo comércio permitiram o estímulo à Ciência econômica, novas relações entre os indivíduos e o meio em que viviam. Necessitando de uma ética aceitável para as novas práticas econômicas, os primeiros estudiosos da ciência foram os teólogos.
Na segunda parte do primeiro capitulo, o autor escreve sobre a relação da religião e economia. Os teólogos declaravam a prática de acúmulo de capital pecaminosa, pois descentralizavam a conduta religiosa baseada na busca contínua pela salvação. Percebendo que a prática comercial exercia muito mais influência nos indivíduos do que os princípios morais e religiosos, os teólogos católicos procuraram conciliar a ética