A era do capital - capitulo 5
A insuficiência dessa percepção para os valores do nacionalismo, distingue a formação de nações conectadas a elementos comuns como: fato político, identificação a determinado território, estruturas de estado, símbolos nacionais, religiosos ou históricos, e elementos mais radicais, democráticos ou revolucionários como a identificação entre populares a partir da cultura, tradições, e relações de campesinato. Sendo este um ponto controverso, pois o nacionalismo encontrava suporte no desenvolvimento natural da sociedade burguesa, moderna, liberal e progressiva, esta feita, o Estado-nação deveria ser capaz de desenvolver tecnologia, economia e forças militares viáveis, proporcional a grandeza da população. Alguns ideólogos do tema preferiram negar a existência e autonomia desses nacionalismos, mais estes movimentos cristalizavam-se e apontavam para uma contradição conformadora de Estados multinacionais, sobretudo na Europa.
Casos como o da Unificação da Alemanha e Itália revelam que o nacionalismo ultrapassa o expediente de uma “mera expressão geográfica” ou as imprudentes categorias de universalidade e homogeneidade. Pesando nesse processo a atuação de uma camada social intermediaria entre as massas e a burguesia ou a aristocracia, especialmente os literatos, professores, camadas mais baixas do clero, alguns pequenos comerciantes e artesãos urbanos, etc. Por outro lado as camadas mais tradicionais,