A era das conquistas, ronald raminelli
Capítulo 1 – A Conquista, da Espanha à América
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“Mal estavam a América descoberta e o México conquistado quando, na Espanha, irrompeu a Revolta dos Comuneros (1520-1522). os nobres castelhanos rebelaram-se contra o rei absenteísta e estrangeiro, senhor de grande império, jovem guerreiro mais interessado em defender reinos distantes e seus súditos ameaçados pelos protestantes. A alta nobreza não considerou bom presságio a sagração do rei como imperados do Sacro Império Romano-Germânico em 1519, que fez com que Carlos I de Espanha passasse a ser chamado de Carlos V.”
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“Ao longo de seu reinado [Carlos V], esteve, portanto, distante da nobreza castelhana. (...) Os poderes locais locais, em 1520, estavam decididos a lutar pela autonomia das Cortes (Conselho de Nobres), e para preservar intactos os direitos tradicionais de cada reino.” A intenção destes “era retomar a autonomia dos reinos, solapada pelo processo de centralização política impulsionado desde o governos dos Reis Católicos. (...) O rei mal se estabelecera na Península e teve de retornar à Alemanha, [mas antes], convocou as Cortes em Santiago de Compostela.”
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“Contrariando os interesses dos nobres mais abastados, reuniu-os em uma cidade de pouca importância e, em seguida, embarcou em mais uma dispendiosa viagem. (...) A conjuntura se mostrou nefasta para o jovem monarca , pois os conflitos entre a nobreza local e os conselheiros flamengos, seus principais aliados, agravaram-se durante a sua ausência. (…) Em julho de 1522, retornou a seus domínios para aplacar a ira dos Comuneros e atenuar as intervenções dos flamengos nos negócios do reino.” Dessa forma “o rei e seu Conselho decretaram castigos: a punição mais severa era a morte exemplar dos culpados.” Porém, “Em cerimônia solene, em 1° de novembro de 1522, concedeu anistia geral aos condenados. O