A Era Da Psicometria Moderna
A psicometria, tanto clássica quanto moderna, possui algumas caracterizações que entre elas permitem controvérsias. Enquanto por um lado, a Psicometria, pelo menos na sua prática, é ainda guiada pela concepção positivista baconista do empirismo, segundo a qual, a ciência do universal se faz através do conhecimento do singular – indução - , enfoque demonstrado como logicamente inviável, tanto pelo empirista Hume (1739-1740) quanto pelo Popper (1972). Por outro lado, em Psicometria predomina a concepção estatística (método estatístico) sobre a psicologia, pois os percursores que desenvolveram a Psicometria eram estatísticos de formação, tanto é que ainda se define a psicometria como um ramo da Estatística, quando na verdade ela deve ser concebida como um ramo da Psicologia que interfaceia com a Estatística (Pasquali, 2003). Assim sendo, segundo este autor, a origem da Psicometria deve ser procurada nos trabalhos do estatístico Spearman (1904ª, 1904b, 1907 e 1913) e, no que se refere à Psicologia, ela seguiu os procedimentos fisicalistas de Galton (1883).
Os grandes percursores e o contributo que deram a Psicometria
Os primeiros psicólogos cientistas foram, aliás, tanto ou mais físicos e fisiólogos do que psicólogos. Sabe-se que o primeiro laboratório de psicologia experimental foi criado em 1879 por Wundt, na Leipzig - Alemanha. Foi ali, pode dizer-se, que nasceu ou pelo menos foi concebido o método dos testes. Os primeiros trabalhos de laboratório limitavam-se no entanto ao estudo dos processos inferiores: domínio sensorial e motor. Só mais tarde se empreendeu o estudo experimental do pensamento e da vontade. Entretanto, numerosos discípulos de Wundt expandiram as concepções e técnicas do laboratório que ele tinha estudado e colocaram-nas ao serviço da vida real. Encontramo-las em todos os países da Europa e da América, a Alemanha foi um viveiro da psicologia aplicada (Urbina, 2007).
Francis Galton (1822-1911)
A contribuição mais