A equoterapia como recurso terapeutico aplicado ao processo ensino e aprendizagem
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DE ALUNOS DEFICIENTES MENTAIS
Autora: Tatiana Naraya Puzzi de Campos
Fisioterapeuta
Itapetininga/SP
Palavras-chave: deficiência, equoterapia, aprendizagem
Introdução
Deficiência mental é um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidado, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. O início da manifestação da incapacidade deve ocorrer antes dos 18 anos de idade. A deficiência mental possui etiologias diferentes e provém de vários processos patológicos que afetam o funcionamento do sistema nervoso central (AAMR, 1992; DSM-IV, 1995).
A equoterapia proporciona a oportunidade de interação do meio físico e social, trabalhando a relação entre a consciência do sujeito e o mundo que o cerca. Complementa o processo ensino-aprendizagem por ser uma metodologia terapêutica e educacional, que utiliza o cavalo numa abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento biopsicossocial do deficiente.
As terapias utilizando o cavalo podem ser consideradas como um conjunto de técnicas reeducativas que agem para superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentais, através de uma atividade lúdico-desportiva, que tem como meio o cavalo.
(Citterio, 1991, p.20).
A interação com o animal, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, a montaria e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima (Apostila Ande-Brasil, 1998).
As sessões são realizadas longe das clínicas e salas terapêuticas. São feitas ao ar livre, interagindo com a natureza. Isto proporciona prazer aos pacientes adeptos a este método, fazendo com que estes indivíduos