A enfermagem do trabalho no Brasil

A enfermagem do trabalho no Brasil Os enfermeiros vêm enfrentando constantes desafios aos longos dos anos em relação a crescente luta pela valorização da Enfermagem do Trabalho. Toda essa situação é em função da dicotomia entre a legislação que versa sobre a inserção destes trabalhadores no mercado de trabalho e aquele que regulamenta o exercício profissional. No entanto a sociedade capitalista colabora para que essa situação se agrave, pois o capitalismo valoriza a mercadoria em detrimento da força de trabalho desconsiderando o bem estar nos ambientes do mesmo. Em detrimento do descontentamento gerado ao longo desses anos, as reivindicações por melhores condições de trabalho começaram por volta de 1912, onde houve a criação da 1° Lei sobre acidente de trabalho (Decreto Legislativo (DL) n°3724, de 15 de janeiro). Além disto, houve a criação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), a implantação do primeiro curso de especialização para Enfermeiros do Trabalho (1972) e a promulgação da Constituição Federal em 1988. Para que haja uma melhor compreensão dos desafios encontrados em torno desse assunto, e ainda as perspectivas futuras, é necessário que se tenha um maior conhecimento sobre a história da Enfermagem do trabalho desde a sua gênese. A profissão de Enfermagem do trabalho teve início no século XIX na Inglaterra e era conhecida como enfermagem laboral, aonde o enfermeiro realizava visita domiciliar aos trabalhadores doentes e seus familiares. No Brasil, a emergência de saúde do trabalhador iniciou-se nos anos 80. Após seu inicio no Brasil, várias iniciativas foram tomadas, entre elas pode-se destacar a realização da I Conferência Nacional de saúde dos Trabalhadores que ocorreu a partir das discussões da VII Conferência Nacional de Saúde e foi decisivo para a mudança de enfoque estabelecida na nova Constituição