A energia que vem do Alimento
É fácil entender que as máquinas funcionam à custa do consumo de combustível. Afinal estamos familiarizados com postos de gasolina, que vendem o combustível que mantém nossos carros funcionando, utilizando a energia liberada no processo de combustão.
Nós também precisamos de combustível para "funcionar" e aproveitamos a energia liberada no processo de combustão dos alimentos, de modo similar ao que acontece nos carros, isto é, através de reação com oxigênio e produção de substâncias mais simples, geralmente gás carbônico e água.
A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos, substâncias compostas apenas de hidrogênio e carbono, em diferentes quantidades e proporções. O principal componente é o octano, C8H18. A reação envolvida é:
C8H18(g) + 12½ O2(g) ® 8 CO2(g) + 9 H2O(l)
A nossa principal fonte de energia são os alimentos, compostos basicamente de carboidratos, proteínas e gorduras. Aliás, cerca de 50% do que comemos é de carboidratos, mas boa parte não sofre o processo de digestão e, portanto a energia que está armazenada nestas substâncias não é aproveitada. Por exemplo, a celulose, que é o material estrutural da madeira, é uma fonte primária de fibras na nossa dieta. As fibras são necessárias e auxiliam no movimento de material através dos intestinos, mas não fornecem energia porque não são digeridas.
Os carboidratos digeríveis são os açúcares e amidos. Nosso organismo transforma estas substâncias em glucose, que se dissolve na corrente sanguínea e pode ser transportada até as células. Nos animais, inclusive humanos, a glucose passa por reação de combustão e fornece a energia necessária para o organismo.
C6H12O6(aq) + 6 O2(g) ® 6 CO2(g) + 6 H2O(l)
O calor liberado durante este processo é igual a 16 mil joules (ou 16 kilojoules) por grama de glucose queimada. O número parece assustadoramente alto, principalmente para quem deseja emagrecer! Este calor é suficiente para aquecer 1 litro de água em 4ºC. Nós