A energia nuclear no brasil
O Brasil se constitui na sexta maior reserva de urânio do mundo, com apenas 25% do seu território devidamente explorado o que garante ao país autonomia em relação à produção do combustível nuclear.
Os impactos ambientais causados pela operação de reatores nucleares podem ser considerados mínimos. Claro que é preciso abordar a questão da deposição final dos rejeitos radioativos. No entanto, decisões a respeito das estratégias a serem adotadas a esse respeito se tornam muito mais complicadas pelos aspectos políticos envolvidos e pela percepção da opinião pública de que este problema não tem solução adequada, do que pelos aspectos tecnológicos inerentes. Na realidade, um consenso está sendo formado internacionalmente no sentido de que a deposição desses rejeitos em repositórios de sub-superficie (deposição geológica) é uma opção aceitável. Tanto a Finlândia quanto os EUA já escolheram os sítios para deposição.
Quanto à questão envolvendo acidentes, inicialmente, deve ser considerado que os dois acidentes nucleares mais citados são os relativos à Three Mile Island, nos EUA e Chernobyl (na antiga União Soviética). O primeiro, ao contrário do que se propala, pode ser considerado uma prova da segurança das centrais nucleares, já que a estrutura de contenção impediu que a radiação escapasse para o ambiente. No segundo caso não havia um vaso de contenção, além de o projeto ser de 2ª geração, em contraste com os reatores ocidentais que são de 3ª geração e tem na contenção as 5ª e 6ª barreiras físicas para evitar o escape de radioatividade para o exterior. O que se pode afirmar é que a manutenção dos baixos níveis de risco está, entre outras coisas, associada com a manutenção de uma cultura de segurança operacional e com a consolidação de uma Autoridade Regulatória atuante, que disponha de pessoal treinado, estimulado e bem remunerado, contando ainda com recursos financeiros adequados, o mesmo valendo para os agentes operadores das instalações.