A emoção na sala de aula
(Ana Rita Silva Almeida)
INTRODUÇÃO
A falta de preocupação com a área da afetividade revela-se como uma cortina no estudo da criança. A escola desconhece as relações entre os aspectos afetivos, motor, pessoal e cognitivo, limitando-se a prover o cognitivo. A emoção não pode ser regada a segundo plano e nem o cognitivo como fator decisivo na conquista do saber pelo homem.
A ação da escola não se limita ao cumprimento da instrução, mas principalmente à função de desenvolver a personalidade da criança, tendo papel importante na formação do indivíduo promovendo a socialização. É necessário que o professor conheça os alunos no aspecto não somente cognitivo, mas também no emocional.
A escola, como espaço legítimo para a educação da criança, deve procurar articular a união da vida afetiva com a intelectiva, para ao mesmo tempo, nos limites de suas atividades educacionais, promover o desenvolvimento de ambas. A ausência de uma educação que aborde a emoção na sala de aula traz prejuízos para a ação pedagógica, pois suas consequências atingem professor e aluno.
O conhecimento tem a capacidade de instigar o pensamento às dúvidas.
1. QUEM É HENRI WALLON?
Henri Wallon revelou-se como um dos grandes psicólogos da infância, criando um modelo de desenvolvimento que coloca no mesmo plano de importância os aspectos afetivos, pessoais, cognitivos e motores do desenvolvimento.
Seus estudos têm como principal objetivo decifrar o homem, desvelando como um recém-nascido transforma-se em adulto, atribuindo à emoção uma teoria psicogenética.
Segundo Wallon, o materialismo dialético possibilita a compreensão das coisas em seu movimento de formação e transformação, onde entre o ser e o meio existe uma relação recíproca cuja influência sobre o indivíduo não é do domínio biológico inteiramente, mas também do social.
Para realizar suas investigações, Wallon utiliza a observação como um parâmetro não como um decalque exato da realidade, trazendo à