A educação n'os maias
O tema da educação surge n'Os Maias como um dos principais fatores da mentalidade do Portugal romântico por oposição ao Portugal novo, voltado para o futuro.
Pedro da Maia e Eusebiozinho protagonizam a educação tradicional e conservadora, enquanto Carlos recebe a educação inglesa. A incapacidade de enfrentar as contrariedades ou a capacidade para se tornar interveniente na sociedade são as consequências imediatas dos processoas educativos opostos.
A CARACTERIZAÇÃO DOS DOIS TIPOS DE EDUCAÇÃO:
EFEITOS DA EDUCAÇÃO PORTUGUESA:
Torna Pedro da Maia um fraco, incapaz de encontrar uma solução para a sua vida quando Maria o abandonou. Torna Eusebiozinho um “molengão tristonho”, arrastando-o para uma vida corrupta, para um casamento infeliz e para uma decadência física e moral.
QUEM APROVA E QUEM REPROVA?
Quem aprova: Vilaça, Padre Vasques, as pessoas da casa dos Maias e a gente de Resende.
Quem reprova: Afonso da Maia e o narrador.
FRUTO DESTA EDUCAÇÃO, PEDRO FICOU... com um temperamento nervoso, fraco e de grande instabilidade emocional. Tinha assiduamente crises de “melancolia negra que o traziam dias e dias, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho”. “O seu único sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe”. Apesar da robustez física, é de uma enorme covardia moral, como demonstra a reação do suicídio face à fuga da esposa. Falha no casamento e falha como homem.
“O Pedrinho (…) ficara nervoso e pequenino como Maria Eduarda”, (…) “a sua linda face oval de um trigueiro cálido, dois olhos maravilhosos e irresistíveis, prontos sempre a humedecer-se, faziam-no assemelhar-se a uma bela árabe” (…) “Era em tudo um fraco; e esse abatimento contínuo de todo o seu ser resolvia-se a espaços em crises de melancolia negra, que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as orelhas fundas e já velho”.
O NATURALISMO NESTA PERSONAGEM:
Eça de Queirós dá grande importância à vinculação desta personagem ao ramo familiar dos Runa e à