A educação Proibida
Essa forma de medir o aprendizado gera enormes conflitos cognitivos nas crianças e nos adolescentes, por impor um exagerado grau de competição entre eles. Invariavelmente, SEMPRE se termina comparando o melhor com o pior, de forma que SEMPRE, alguém vai ter que se sentir diminuído frente aos demais. Deste modo, como regra, SEMPRE haverá ganhadores e perdedores. Como consequência disso, o rendimento escolar acaba determinando a qualidade de uma pessoa na sociedade e seu acesso a muitos cargos e funções (privadas ou públicas).
Assim, considera-se um fracassado aquele que não consegue entrar ou terminar uma boa faculdade ou que não consegue encontrar um bom emprego (um emprego que pague bem). Por outro lado, considera-se uma pessoa de sucesso aquela que consegue tirar boas notas, terminar muitos estudos e obter um bom emprego (que pague bem).
Na realidade, o sistema está simplesmente medindo o quão adaptável uma pessoa se torna ou não ao próprio sistema. Quem não se encaixa é praticamente descartado à força. Assim, o sistema educacional atual gera pessoas “de sucesso” que se autoenganam desde jovens, forçadas a estarem felizes com coisas que não as fazem realmente felizes. Terminamos por gerar classes dominantes formadas por pessoas frustradas.
Gostei muito do comentário do Professor Pablo Lipnizky, do colégio colombiano Mundo Motessori (no minuto 9 do filme): “Todo mundo fala de paz, mas ninguém educa para a paz. As pessoas educam apenas para a competição e a competição leva à guerra.”
O mais paradoxal disso tudo é que todas as iniciativas educacionais de governos e escolas se dizem educar para a igualdade, a cooperação, a liberdade, a paz, a solidariedade, etc. Mas na realidade, a